Passado o primeiro aniversário do falecimento do ex-deputado José Mendonça, Belo Jardim terá, hoje, (já que Recife teve preferência) a missa em homenagem à memória do ilustre belo-jardinense. E, exatamente a um ano do sepultamento, teremos, hoje a inauguração de um monumento em via pública que ostentará o busto do homenageado – obra muito requerida e aguardada por nossa comunidade.
Ficamos a pensar, cá com nossos botões, ‘como estaria o cenário político de Belo Jardim se não tivesse ocorrido o falecimento de José Mendonça?’.
1- Para começo de conversa, não haveria rumores de que ele e o sobrinho estivessem estremecidos já que, dias antes de cair doente, a família anunciou, via imprensa, que estava tudo em paz entre eles;
2- Por esta época, estaria o grupo trabalhando pela candidatura da Baraúna, tendo João Mendonça como coordenador da campanha e aqueles que hoje o chamam de traíra adentrando a sua casa e chamando-o de ‘papai do céu’;
3- Andréa Menezes continuaria morando no Recife e freqüentando as colunas sociais;
4- Valdeci Torres e família continuariam ao lado de Cintra Galvão;
5- Ninguém do grupo teria ido ao aniversário de Cintra;
6- Sua única irmã, Neci Mendonça, não estaria excluída das homenagens ao irmão.
Muita coisa não teria acontecido. Mas, estava escrito que na história de Belo Jardim não constaria o nome de José Mendonça entre os prefeitos. E cabe aos que aqui ficaram decidir os destinos da cidade.
Acreditamos que, se pudesse ser consultado, o homenageado de hoje (ao que parece, muito mais modesto que a família) declinaria, por pura coerência, da honra de substituir um herói nacional como nome da principal rua da cidade.
No mais, nós, que apenas estamos pagando com o nosso dinheiro as homenagens, deveríamos ao menos, termos sido consultados sobre a paródica mistura de ‘Taj Mahal com canoa’ que foi instalada (às nossas custas) no largo da Siqueira Campos. O homenageado não merecia essa exposição de gosto muito duvidoso.
Esperamos, sim, e dentro da nossa crença, que o saudoso líder possa descansar em paz; e que os murmúrios terrenos em nada possam retardar sua marcha rumo à evolução.
Nilton Senhorinho.
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