domingo, 3 de janeiro de 2010

ZÉ MENDONÇA NÃO VAI PIDURAR AS CHUTEIRAS





Coluna da Folha de Pernambuco do sábado, 02/01/10

Depois de 43 anos de mandato parlamentar distribuídos pela Assembleia Legislativa e a Câmara Federal, o deputado José Mendonça decidiu não disputar a reeleição em 2010 mas já anunciou em Belo Jardim que gostaria de despedir-se da vida pública como prefeito da terra natal. Ele entrou na política em 1966 pelas mãos de Paulo Guerra e nela permaneceu até os dias atuais. Em outubro, seu espaço político na Câmara Federal deverá ser ocupado por Mendonça Filho e o genro Augusto Coutinho.

A prefeitura da terra natal está sob controle do seu grupo político desde 2001. Foram duas vitórias consecutivas do sobrinho João Mendonça e uma terceira em 2008 do empresário Marcos Coca-Cola, um fiel aliado do seu grupo político, após ter permanecido mais de 20 anos sem conseguir impor uma derrota ao rival Cintra Galvão, que também já ultrapassou a casa dos setenta e está passando o bastão para o filho e ex-prefeito, Cecílio, candidato a deputado estadual nas próximas eleições.

Mendonção disse em Belo Jardim, recentemente, que o atual prefeito, se tiver interesse, tem todo o direito de concorrer à reeleição. Mas caso decida não ser candidato gostaria de disputar em lugar dele para encerrar com “chave de ouro” a sua passagem pela vida pública. Todavia, pelo fato de o atual prefeito ser seu grande amigo e obedecer rigorosamente suas orientações políticas, tudo leva a crer que abrirá mão da reeleição a fim de homenageá-lo pelos 44 anos dedicados de parlamentar.

O piso – A partir deste mês, o piso nacional dos professores de ensino básico passou para R$ 1. 024,67. Até o último dia 31 o valor era R$ 950,00 (reajuste de 7,86%). Alguns prefeitos de PE vão ter dificuldades para honrá-lo devido ao reajuste do salário mínimo (R$ 510,00).

O filme – Estreou ontem em mais de 500 salas de cinema do Brasil inteiro o filme “Lula, o filho do Brasil” do cineasta Fábio Barreto. O lançamento foi antecedido por uma ampla campanha publicitária que, segundo oposicionistas, tende a favorecer Dilma na eleição.

Gol de placa – O PSL teve muita sorte ao ocupar o horário nobre da TV no último dia de 2009 para levar ao ar em cadeia nacional o seu programa político. O presidente nacional, Luciano Bivar, que é pernambucano e pré-candidato a deputado federal, fez a abertura e o encerramento do programa abordando um assunto que é a sua marca registrada: o tamanho da carga tributária.

Carga menor - Promessa de redução da carga tributária deveria ser o “mote” de campanha de José Serra na opinião do prefeito peemedebista de Petrolina, Júlio Lossio. Ele diz que a carga tributária brasileira é uma das mais altas do mundo e como o presidente Lula nem sua candidata, Dilma Rousseff, falam em reduzi-la, Serra poderia empunhar essa bandeira na campanha eleitoral.

O passado – O padre Geraldo Magela que está tentando ser político em Belo Jardim já foi candidato a vereador em Arcoverde em 1992, porém não se elegeu. Depois foi secretário de educação da prefeita Rosa Barros (PR) e diretor da extinta Dere (hoje Geres).

Neoaliado – Mesmo em seus tempos de PFL, Sebastião Rufino (PSB) sempre teve uma boa relação com Miguel Arraes, que à frente do governo estadual dispensou-lhe tratamento de “aliado” e não de adversário. Por isso, diz ele, no PSB, hoje, sente-se “em casa”.

O Senado – João Paulo continua dizendo que é candidato a deputado federal para não se arestar com a cúpula do PT mas sua cabeça continua voltada para uma das vagas no Senado. A subida ao Morro da Conceição no último dia do ano, em “procissão”, não é indicativo de quem postura cargo proporcional, e sim majoritário, cujo desejo já foi expresso pelo próprio presidente Lula.

Bancada – O PT tem interesse na candidatura de João Paulo para ampliar sua bancada no Senado que é inferior à do PMDB, à do DEM e à do PSDB. Justo por ter uma maioria precária nesta Casa é o que presidente Lula foi obrigar a fazer muitas concessões ao PMDB, entre elas segurar Sarney no cargo.

Reeleição – Sérgio Guerra considera tranqüila a reeleição de Antonio Moraes (PSDB) para a Assembleia Legislativa apesar de algumas defecções que o deputado sofreu na Mata Norte. Ele terá uma boa votação em Carpina, segundo o senador, pelo apoio de vereadores que não rezam pela cartilha do prefeito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário